Revista Poetizando

6.6.11

POETIZANDO Nº 41
 (Edição de Inverno)


Ao longe os montes têm neve ao sol,
Mas é suave já o frio calmo
          Que alisa e agudece
          Os dardos do sol alto.

Hoje, Neera, não nos escondamos,
Nada nos falta, porque nada somos.
          Não esperamos nada
          E temos frio ao sol.

Mas tal como é, gozemos o momento,
Solenes na alegria levemente,
          E aguardando a morte
          Como quem a conhece.


RICARDO REIS (FERNANDO PESSOA)
in: Ficções de Interlúdio
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AUTORES DO MÊS

JUNHO

FRANCISCO OTAVIANO DE ALMEIDA ROSA, poeta brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 26 de junho de 1825 e faleceu na mesma cidade em 28 de junho de 1889.


RECORDAÇÕES

Oh! se te amei! Toda a manhã da vida
Gastei-a em sonhos que de ti falavam!
Nas estrelas do céu via teu rosto,
Ouvia-te nas brisas que passavam:
Oh! se te amei! Do fundo de minh’alma
Imenso, eterno amor te consagrei...
Era um viver em cisma de futuro!
Mulher! oh! se te amei!
Quando um sorriso os lábios te roçava,
Meu Deus! que entusiasmo que sentia!
Láurea coroa de virente rama
Inglório bardo, a fronte me cingia;
À estrela alva, às nuvens do Ocidente,
Em meiga voz teu nome confiei.
Estrela e nuvens bem no seio o guardam;
Mulher! oh! se te amei!
Oh! se te amei! As lágrimas vertidas,
Alta noite por ti; atroz tortura
Do desespero d’alma, e além, no tempo,
Uma vida sumir-se na loucura...
Nem aragem, nem sol, nem céu, nem flores,
Nem a sombra das glórias que sonhei...
Tudo desfez-se em sonhos e quimeras...
Mulher! oh! se te amei!


FRANCISCO OTAVIANO
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JULHO

RAIMUNDO DE FARIAS BRITO, escritor e filósofo brasileiro, nasceu em São Benedito/CE a 24 de julho de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ a 16 de janeiro de 1917.
Algumas obras: Finalidade do mundo: A Filosofia como Atividade Permanente do Espírito (1895), A Filosofia Moderna (1899), Evolução e Relatividade (1905). Ensaios sobre a Filosofia do Espírito: A Verdade como Regra das Ações (1905), A Base Física do Espírito (1912), O Mundo Interior (1914).

INÉDITOS E DISPERSOS: Carta para Jackson de Figueiredo (fragm.)

“Quais os momentos mais felizes de sua vida? - não me seria possível responder. E isto porque os nossos momentos de felicidade, os meus, pelo menos, são em geral tão incertos, tão passageiros e instáveis, que apenas passam, são logo esquecidos. De certo tenho tido os meus momentos felizes. Todos os têm, ainda os mais desgraçados. Mas esses momentos são rápidos e passam quase sem deixar lembrança. São como leves murmúrios numa sinfonia em que predominam as notas fortes e ásperas. E o prazer e a dor em geral se misturam nas nossas sensações como o “oxigênio e o azoto no ar que respiramos, como a água e o álcool no vinho que bebemos””.
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AGOSTO

DOMINGOS JOSÉ GONÇALVES DE MAGALHÃES, Visconde de Araguaia, poeta e teatrólogo brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro/RJ a 13 de agosto de 1811 e faleceu em Roma a 10 de julho de 1882.

À FLOR SUSPIRO

Eu amo as flores
Que mudamente
Paixões explicam
Que o peito sente.
Amo a saudade,
O amor-perfeito;
Mas o suspiro
Trago no peito.

A forma esbelta
Termina em ponta,
Como uma lança
Que ao céu remonta.
Assim, minha alma,
Suspiros geras,
Que ferir podem
As mesmas feras.

É sempre triste,
Ensangüentado,
Quer seco morra,
Quer brilhe em prado.
Tais meus suspiros...
Mas não prossigas,
Ninguém se move,
Por mais que digas.

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PROVÉRBIOS LATINOS

Tosse, amor e febre ninguém esconde.

O amor tudo vence.

Chaga de amor, quem a faz, a sara.

Mais vale qualidade que quantidade.

Guerra começada, só Deus sabe quando acabada.

Saco vazio não se põe em pé.

Quem canta, seus males espanta.

Macaco velho não trepa em galho seco.

Pardal velho não se deixa apanhar em qualquer rede.

Mais faz o ano que o campo bem lavrado.

Não louves o homem enquanto vive.

Não cantes vitória antes do tempo.

Antes que conheças, não louves, nem ofendas.

Antes que cases, vê o que fazes.

Frutos e amores, os primeiros são os melhores.

A cavalo novo, cavaleiro velho.

O credor tem melhor memória que o devedor.
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Na vinheta ENTREVISTA, recebemos hoje Glauco Mattoso:

entrevista


 “Os poetas escrevem
para si mesmos.”

Glauco Mattoso

Meu curriculo está no soneto abaixo e nos outros quattro mil espalhados na rede e em dezenas de livros.

SONETO ASSUMIDO [509]

Mattoso, que nasceu deficiente,
ainda foi currado em plena infancia:
lambeu com nojo o pé; chupou com ansia
o pau; mijo engoliu, salgado e quente.

Escravo dos moleques, se resente
do trauma e se tornou da intolerancia
um nu e cru cantor, mesmo à distancia,
emquanto a luz se apaga em sua lente.

Tortura, humilhação e o que se excreta
são themas que abordou, na mais castiça
e chula das linguagens, o antiestheta.

Merece o que o vaidoso não cobiça:
um titulo que, alem de ser "poeta",
será "da crueldade" por justiça.






P- Quem é Glauco Mattoso?
G. M: - Elle é meu heteronymo, meu eu lyrico e meu personagem. É o monstro do meu medico, o bandido do meu mocinho e o sapo do meu principe. Mas tambem sou eu mesmo, pois nasci com glaucoma e fiquei cego por causa dessa praga. Por isso ja nem sei quem elle é, pois a cada dia elle muda, fica mais sabio e mais bruxo, mais sujo e mais puto. O facto é que elle ja nasceu maldicto e sua poesia pragueja contra a maldicção.

P- Como a poesia surgiu na sua vida?
G. M: - Justamente como um desabafo, um grito de revolta, um palavrão xingado por um fodido. Mas ella me chegou por meio da cultura que accumulei como bibliothecario e alumno de lettras na USP, dahi minha primeira phase, mais visual, concretista e zineira ao mesmo tempo, e a phase actual, cega e sonetista.

P- Crê que a poesia tem que ser um agente de transformação social?
G. M: - Tem que ser um agente de affirmação e de transformação individual, antes de tudo. Si for fiel à biographia do poeta, e si o poeta for um fodido, ahi ella será um agente de transformação social, influindo na vida de outros fodidos e, eventualmente, motivando-os a se affirmarem.

P- Para quem os poetas escrevem hoje?
G. M: - Hoje, como sempre, escrevem para si mesmos. Si o cara for um fodido, terá algo a dizer e outros caras, mais ou menos fodidos, se identificarão com o que elle diz. Si for um privilegiado, provavelmente nem terá vontade de escrever algo que preste, occupado que estará em se divertir.

P- Como vê os prêmios, concursos, eventos e afins? Acha que contribuem realmente para melhor literatura e formação de público?
G. M: - Não podemos collocar tudo no mesmo sacco. Apresentações publicas, como saraus, recitaes e debattes, são optimas opportunidades de diffundir o gosto pela poesia. Concursos e premios são outros quinhentos. Sempre fui contra taes "escolhas". Desconfio de quem escolhe e de quem é escolhido. Mesmo que cada um tenha seu merito, duvido da lisura quando ha fama paga ou midia paga envolvida. O proprio Nobel, que leva fama de ideologico, só tem tanta repercussão por causa da grana que paga.

P- A internet interferiu em seu processo de criação? E na divulgação dos poemas?
G. M: - Interferiu, e como! Eu nem seria mais poeta depois que fiquei cego, mas, graças à informatica, continuei escrevendo num computador fallante e pude divulgar milhares de poemas no meu site e nos canaes collectivos, coisa que só com livros autofinanciados seria impracticavel.

P- Como é seu processo criativo? Existe inspiração?
G. M: - Tem gente que diz que existe mais transpiração que inspiração. No meu caso, são as duas, uma porque apprendi a battalhar por aquillo que quero, outra porque, sendo bruxo, preciso daquella mãozinha transcendental dos outros maldictos, de quem herdei a veia critica e satirica. Componho quasi em transe, entre a insomnia e o orgasmo, por inspiração, mas tambem raciocino muito, recorro à memoria de tudo que li, sou muito disciplinado na vida intellectual, como na practica.

P- Acha importante o intercâmbio entre poetas/escritores/leitores?
G. M: - Acho fundamental. O poeta pode escrever para si mesmo, mas quer publicar para os outros, não para empilhar livro em casa. Si elle é fiel à propria biographia, fatalmente vae se communicar com quem tenha algo em commum comsigo, ou seja, um leitor que, às vezes, é potencial escriptor. No meu caso, a cegueira me collocou em contacto com diversos typos de leitores e collegas, mas quem mais me estimula é o leitor sadico, que alimenta meu masochismo e, consequentemente, dá gaz ao meu processo de creação.

P- Qual a importância da leitura para quem escreve?
G. M: - Si para quem enxerga a leitura é essencial, calcule para quem perdeu a visão! Tudo que guardo de memoria foi devido à leitura, e dahi a necessidade de me actualizar, pedindo a alguem que leia para mim, alem do radio e do computador.

P- Como vê a poesia dos autores atuais?
G. M: - Não dá para accompanhar tudo, claro, mesmo com a ajuda da informatica e dos amigos, mas consigo distinguir dois typos de poetas contemporaneos: os que apenas macaqueiam as liberdades poéticas modernistas e posmodernistas, e os que teem maior independencia intellectual e mais curiosidade de pesquisar as technicas de versificação, as differenças estylisticas e thematicas das varias escholas litterarias, sempre no intuito de se affirmarem individualmente como personagens de si mesmos, como foi o meu caso. Estou em contacto com jovens poetas que se interessam pela metrica e pela rima com o mesmo enthusiasmo dum rockeiro, dum rapper ou dum funkeiro por seus generos de musica. Isso me anima e instiga a continuar produzindo.

P- Diga o que quiser.

G. M: - Ah, é? Então vou contar o que um desses jovens leitores me disse. Mas vou fazel-o em soneto, um de meus mais recentes. Aqui vae:

O ANJO DA GUARDA E O DEMONIO DA POESIA [4026]


Divirto-me bastante quando o leio,
poeta! Me imagino em seu logar,
dispondo-se a lamber pés, a chupar
caralhos, sem escolha, sem asseio...

Sem essa! Nem pensar! Num Deus eu creio,
que é justo e me poupou de ter azar
egual ao seu! Adoro contemplar
mulher gostosa! Macho eu acho feio!

Você, não: cego, está por baixo e pode
se dar por satisfeito si um marmanjo,
que o leu e riu, a sua bocca fode!

Na vida, o que eu puder, de bom, esbanjo:
visão, tesão, dinheiro, isto é, bigode,
cabello e barba... Tenho um sancto... e um anjo!

P- Deixe, se quiser, algum contato (e-mail, site, etc).
G. M: - Fica facil me achar na rede, mas o email continua sendo 
glaucomattoso@uol.com.br 
e o site http://glaucomattoso.sites.uol.com.br, lembrando que posso me 
communicar  sozinho  pelo  computador, desde que o correspondente não
envie archivo annexo, ou de imagem ou som, 
que não são decodificaveis pela minha machina.

SONETO VICIOSO [500]

Poema lembra amor, que lembra carta,
que lembra longe, e longe lembra mar,
que lembra sal, e sal lembra dosar,
que lembra mão, e mão alguém que parta.

Partir lembra fatia e mesa farta;
fartura lembra sobra, e sobra dar;
dar lembra Deus, e Deus lembra adiar,
que lembra carnaval, que lembra quarta.

A quarta lembra três, que lembra fé;
fé lembra renascer, que lembra gema,
a gema lembra bolo, e este o café.

Café lembra Brasil, que lembra um lema:
progresso lembra andar, que lembra pé,
e pé recorda alguém que faz poema.

CONFESSIONAL [234]

Amar, amei! Não sei se fui amado,
pois declarei amor a quem odiara
e a quem amei jamais mostrei a cara,
de medo de me ver posto de lado.

Ainda odeio quem me tem odiado:
devolvo agora aquilo que declara.
Mas quem amei não volta, e a dor não sara.
Não sobra nem a crença no passado.

Palavra voa, escrito permanece,
garante o adágio vindo do latim.
Escrito é que nem ódio, só envelhece.

Se serve de consolo, seja assim:
Amor nunca se esquece, é que nem prece.
Tomara, pois, que alguém reze por mim...

SONETO OTIMISTA

Ainda somos bons de futebol.
A taxa de inflação cai ano a ano.
A nova inundação não causou dano.
A meteorologia prevê sol.

O incêndio não chegou até o paiol.
Brasil vai dar asilo ao rei cubano.
Na ONU já se fala o castelhano.
Achado o fugitivo da Interpol.

Notícia desse tipo anima a gente.
"Nem tudo está perdido”, pensa o cego.
"Se melhorar, estraga”, acha o vidente.

Mas sou teimoso, e os pontos nunca entrego.

No escuro, permaneço descontente.
Se outrora tropeçava, hoje escorrego.

GLAUCO MATTOSO
São Paulo/SP

Nota dos editores: Respeitamos a ortografia do autor,
conforme pedido do mesmo.

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NOVOS


SLIDE

            o instante
    por um instante
imobilizou-se
pequena foto
pequeno fato
       ato aprisionado
perplexo
           a varar os anos
           a estancar o tempo
     atento ao tempo
        do tempo atrófico
          que há muito tempo
deixou de passar
           e a esperança era mais
     que sonho, excerto
           e ânsia, desejo
        de acerto nas coisas
     hoje em dia
     todas tão fora
          de lugar


ERNANI FRAGA
           São Paulo/SP
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 DE MADRUGADA

Os móveis
de dia
são corpos
À noite
alma das coisas
que vivem a inutilidade,
libertas
das sombras parasitas
da manhã.


LUIZ ANTÔNIO MARTINS PIMENTA
(1942 – 2004)
Santos/SP
in: Catedrais
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 MADRIGAL COM INTERVALO CRÍTICO

Olhos de lua refletida em mares...

(Teus olhos me botam assim romântico
ou é a chuva lá fora?)

Olhos lunares,
olhos lunares,
dai-me a pureza
dos vossos mares.


ANDERSON BRAGA HORTA
Brasília/DF
in: Signo – Antologia Metapoética
Thesaurus Editora
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ANTIFLOR

Caule esdrúxulo, gerado
sem ventre. Crisol de verdes
espadas, sem punho e gume,
erguidas do escuro estrume
sem o orgasmo das sementes:
(grande mistério o de seres
vivente por recriado
de fibras remanescentes!)
- por que mistério ainda cirzes
a terra, tão bem cerzida,
com tuas finas raízes?
- por quê, sem fonte de amor,
vives (eterna antivida!)
se serás sempre antiflor?

   
MARIA BRAGA HORTA
(1913 - 1980)
Brasília/DF
in: Caminho de Estrelas
Massao Ohno Editor
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CASA

faço do silêncio
a morada do ser
                                                           
 não lhe digo
palavras duras
nem amorteço quedas  

apenas guardo     
a concha
em que abrigo
a solidão dos homens


LUIZ OTÁVIO OLIANI
Lins de Vasconcelos/RJ
in: Espiral
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O POETA



Tanto trabalho numa luta inglória!

Não vês que nada tens, ó trovador,

para cantar nos louros da Vitória

o teu viver?

                 - Eu viverei de Amor!



Procura ver nas páginas da História

do poeta o destino ameaçador...

Pensas, acaso, na vivente glória

do teu sofrer?

                 - Eu viverei de Amor!





ANDERSON DE ARAÚJO HORTA
(1906 - 1985)
Brasília/DF
in: Invenção do Espanto
Edições Galo Branco
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Algo imenso que há em mim vem do mar


– do mistério e da sofreguidão do mar.

Talvez a infinita mudez das rochas,

Ou o grito das ondas quando as possuem.

Talvez a fome dos pássaros

A vagareza dos peixes,

A profundidade de saber-se cinzento

E móvel a cada instante,

O sentimento de saber-se imutável

E eternamente distante

De si mesmo.





BENILSON TONIOLO

Campos do Jordão/SP

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AO NATURAL

Não foi fatal
Nem pecado mortal
Foi instinto dual
Foi prazer original

E não fez mal


CARLOS CASSEL
Caçapava do Sul/RS
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minha mãe reavivava as cores
de antigas pinturas em ladrilhos
pintando por cima do desenho
o que outras cores antes tinham sido
minha saudade guarda
naqueles palimpsestos coloridos
meus olhos vivos acesos na imagem
por onde ia o traço fino do pincel
deslizando suave na paisagem
o verde novo sobre o verde antigo
depois o sol daria o seu realce
acendendo mais as cores renascidas
que sob sua luz ardente
novamente ficariam esmaecidas

onde estão os quadrinhos de ladrilhos
que minha mãe vivia colorindo
sob o sol que ardia na varanda?...


EUNICE MENDES
Santos/SP
in: Paisagem com Pássaro
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 DECISÃO

 Não quero fazer canções
que falem de tristezas.
Meu objetivo é viver a vida.
Ser a criança que nunca fui.


WALMOR DARIO SANTOS COLMENERO
São Vicente/SP
in: Poeminhas
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COLTRANIANA

Em meio
ao burburinho funcional
presenteio-me com Coltrane.

Love songs
perfumam a sala
trazem entre acordes cotidianos
a transcendência
perdida.

Mente migra
para etéreos espaços
corpo relaxa
serena idade parece advir.

O jazz aqui jaz...


RICARDO MAINIERI
Porto Alegre/RS
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Vou ficar a tua sombra
Cobrir-me de verde
Para esconder
Esta nudez extrema
Despida de letras.
Colher palavras
Retalhos de verbo
Contar segredos
Em versos esquecidos
Ler-me em silêncio
Eu dentro de mim.


ZAIRA CANTARELLI
Porto Alegre/RS
in: Presença AGEI
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